NOVO DIA DAS REUNIÕES

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Reuniões APG-USP-RP - Segunda-Feira - 13:00 as 14:00 h
Sede da APG-USP-RP


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Semana Nacional de Mobilização pelo Reajuste de Bolsas Já! - APG-USP-RP

Somando forças a ANPG e as APGs por todo Brasil a APG-USP-RP também intensificou a luta pelo reajuste.

De laboratório em laboratório, principalmente na FMRP e na FCFRP , o abaixo assinado foi ganhando apoio de professores, funcionários, pós-graduandos e graduandos que entendem e apoiam uma valorização da pesquisa brasileira que inclua todos os atores envolvidos, do bolsista de iniciação ao pesquisador.

Estivemos também no Restaurante Central colhendo assinaturas e conversando sobre as políticas internas e externas que atingem os pós-graduandos, buscando trazer mais estudantes para a frente destas disputas.



Acompanhamos a aula inaugural aberta do doutorado da FEARP proferida pelo Prof. Glaucius Oliva, Presidente do CNPQ, onde foram colocadas nossas reivindicações, suas justificativas e o informe das mobilizações que estavam ocorrendo, bem como o convite ao professor para assinar junto aos demais pelo reajuste.


Sempre muito solícito, mesmo não assinando, se colocou como um apoiador da causa, afirmando que se faz necessário não só a ampliação do número de bolsas mas também um reajuste digno destas. Incentivou a campanha e o papel de luta dos estudantes, das APGs e da ANPG lembrando que foi neste trabalho coletivo que se conseguiu o último reajuste.




A mobilização será finalizada nesta semana com a campanha junto ao Conselho de Pós-Graduação da USP e as assinaturas recolhidas serão encaminhadas à ANPG para engrossar a petição de reajuste.

Agradecemos a todos que colaboraram e se comprometeram com esta causa!


sábado, 3 de setembro de 2011

Editoras na berlinda (Revista Piauí)

http://revistapiaui.estadao.com.br/blogs/questoes-da-ciencia/geral/editoras-na-berlinda

02/09/2011 14:48 | Autor: Bernardo Esteves


Editoras na berlinda
“Para obter o conhecimento pelo qual já pagamos, devemos renunciar a nossas posses em benefício dos senhores da sapiência” (George Monbiot)
As editoras de revistas científicas foram objeto de uma polêmica inflamada na internet durante a semana que passou. A discussão foi desencadeada por uma coluna do ambientalista George Monbiot no jornal The Guardian, que as definiu como “os capitalistas mais impiedosos do mundo ocidental” e as acusou de violar o direito humano de acesso ao conhecimento. A mais ácida das reações despertadas pelo artigo veio de um editor do grupo Nature, para quem Monbiot usou argumentos simplistas e ignorou mudanças recentes do mercado editorial.
O conhecimento científico é veiculado atualmente na forma de artigos publicados em revistas especializadas. As editoras responsáveis por esses periódicos recebem os artigos de pesquisadores, encaminham-nos para a revisão de especialistas e publicam aqueles que forem aprovados.
Algumas revistas são mantidas por sociedades científicas ou por universidades, mas há também aquelas editadas por organizações privadas que buscam o lucro com a sua publicação. As maiores editoras pertencem a esse grupo: as três mais importantes – Elsevier, Springer e Wiley-Blackwell – respondem por 42% do mercado da publicação científica, segundo dados de Monbiot. E são justamente elas o objeto das críticas incisivas de seu artigo.
O ambientalista britânico não economizou bile ao caracterizar as editoras. Suas práticas monopolistas, escreveu Monbiot, “fazem o Walmart parecer uma mercearia de esquina e Rupert Murdoch um socialista”, referindo-se ao dono de um dos maiores impérios midiáticos do mundo. O monopólio do conhecimento exercido pelas editoras é comparado por ele aos laços de suserania e vassalagem da Idade Média e descrito como “parasitismo econômico”.
O maior foco dos ataques de Monbiot é a ganância das editoras. Elas cobram caro – até 42 dólares por um único artigo científico – por um produto que lhes custa muito pouco, alegou o articulista. De fato, nem os autores nem os revisores dos artigos publicados e rejeitados são remunerados. Isso explicaria, prossegue ele, os lucros astronômicos desses empreendimentos. Em seu balanço de 2010 divulgado on-line, a Elsevier alegou ter tido um lucro operacional de 847 milhões de euros, ou 36% de sua receita.
Em protesto contra o alto preço individual dos artigos científicos, um internauta publicou, em julho deste ano, um pacote com mais de 18 mil artigos científicos no site de compartilhamento de arquivos The Pirate Bay. “Se eu puder retirar um dólar que seja dos rendimentos ganhos de forma maléfica por uma indústria venenosa que age para suprimir o entendimento histórico e científico, nesse caso qualquer custo pessoal que eu possa ter que pagar terá valido a pena”, escreveu ele para se justificar.
Monbiot enxerga na operação das editoras científicas um monopólio de recursos públicos, já que boa parte da ciência é financiada pela sociedade, por meio de agências governamentais. Para ele, a prática configuraria ainda uma violação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que prevê o direito a participação da sociedade nos avanços da ciência e em seus benefícios. De nada adiantariam, segundo o ambientalista, iniciativas como as revistas de acesso aberto ou repositórios livres como o arXiv – os cientistas não podem se dar ao luxo de deixar de ler os periódicos de acesso fechado, alega ele.
Repercussão
As críticas de Monbiot reverberaram junto ao público do Guardian. Uma leitora escreveu ao jornal para lembrar que, não contentes em não pagar pelo conteúdo que publicam, alguns periódicos de alto impacto cobram taxas variadas dos cientistas para veicular seus artigos. Mas houve também quem relativizasse as críticas: um professor universitário lembrou que muitos centros de pesquisa e agências de fomento exigem de seus pesquisadores que depositem cópias de seus arquivos em repositórios institucionais de livre acesso.
Esse argumento foi lembrado também por Noah Gray, editor do grupo Nature, responsável pela publicação de um dos periódicos de maior prestígio no mundo. Numa réplica ao artigo de Monbiot publicada em seu perfil do Google+ (na qual sequer cita o nome do ambientalista), Gray acusa Monbiot de ter escrito um artigo exagerado, que retoma em tom maniqueísta as mesmas críticas que vêm sendo feitas há anos às editoras científicas.
Ele alegou que Monbiot foi demasiadamente simplista em algumas de suas críticas. “A discussão de que o público paga pela pesquisa é um tanto mais complicada do que a forma como foi descrita no artigo”, escreveu. Gray lembrou ainda que seu grupo editorial – que responde por cerca de 1% do mercado e não foi citado nominalmente no artigo do Guardian – edita algumas publicações de acesso aberto e disponibiliza gratuitamente artigos para leitores de países em desenvolvimento. O grupo Nature, acrescentou, tem adotado também medidas de flexibilização das formas de pagamento, notadamente em seus aplicativos para dispositivos móveis. “O autor do artigo poderia ter dado um telefonema para saber mais sobre essas estratégias se assim o desejasse”, provocou o editor. “Aparentemente, não foi o caso.”
A discussão sobre o acesso ao conhecimento científico ferve na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, o debate não alcançou a mesma temperatura, muito porque o acesso à literatura técnica é subsidiado pelo governo por meio do Portal de Periódicos da Capes, que representa para os contribuintes um custo anual da ordem de 40 milhões de dólares. Ainda assim, a iniciativa beneficia apenas os cientistas ligados a universidades ou centros de pesquisa e exclui os pesquisadores independentes. Como lembrou um leitor do Guardian, falando noutro contexto, “quem quer que não seja um membro de uma universidade está excluído do debate acadêmico”.
Arte: O direito do Senhor, tela de 1874 do pintor russo Vasiliy Polenov (1844-1927)

Presságio do futuro (Revista Piauí)

http://revistapiaui.estadao.com.br/blogs/questoes-da-ciencia/geral/pressagio-do-futuro

12/08/2011 10:29 | Autor: Bernardo Esteves


Presságio do futuro

Completa vinte anos este mês uma iniciativa notável que oferece uma alternativa à forma como os cientistas divulgam seus trabalhos. Trata-se do arXiv, um grande repositório no qual são postados artigos antes que sejam aceitos para publicação nas revistas especializadas. Adotado por boa parte dos físicos e por pesquisadores de outras ciências exatas, o portal aponta para o que pode ser o futuro da publicação científica.
As revistas técnicas – que os pesquisadores chamam de periódicos – são hoje as responsáveis pela validação e pelo controle de qualidade da ciência. Antes de serem publicados, os artigos submetidos são lidos e questionados por especialistas daquela área. Esse processo de revisão por pares permite vetar trabalhos de qualidade duvidosa e aprimorar estudos que contenham erros ou lacunas (leia outro post do blog sobre o universo da publicação científica).
Uma das desvantagens desse processo é a demora entre o envio de um artigo e a sua publicação. O arXiv (pronuncia-se ‘arcaive’) nasceu da necessidade dos cientistas de compartilhar seus trabalhos de forma descomplicada enquanto ainda estão em processo de revisão. O repositório foi lançado em agosto de 1991, quando a world wide web ainda estava engatinhando. Num artigo publicado esta semana na Nature para celebrar os vinte anos do portal, o pai dessa iniciativa, Paul Ginsparg, se lembra como esse processo era custoso:
“É difícil acreditar, mas tempo e esforço consideráveis eram gastos para imprimir, xerocar e mandar pelo correio os manuscritos não publicados para um grupo privilegiado de amigos e colegas antes de sua publicação formal em periódicos. A ideia de um repositório central era permitir que qualquer pesquisador no mundo com acesso à rede submetesse e lesse artigos na íntegra”.
A expectativa inicial era que cerca de 100 textos fossem publicados por ano no repositório. O serviço não demorou a conquistar adeptos entre físicos, matemáticos, estatísticos e cientistas da computação. Antes do fim da década, ele já recebia mais de 2 mil artigos por mês. Hoje, mais do que uma prática corriqueira, a publicação no arXiv é a principal forma de comunicação para pesquisadores de várias áreas.
“Existem poucas áreas da física moderna em que o ‘quente’ não esteja nos arXivs”, explicou o brasileiro Daniel Doro Ferrante, pesquisador da Universidade Brown, nos Estados Unidos. “Praticamente ninguém lê outra coisa”. Ele acrescentou que, na área de física teórica de altas energias – a primeira a adotar o sistema –, a publicação formal em periódicos passou para o segundo plano. “Essa comunidade lê apenas os arXivs – publicar para eles é apenas uma questão da ‘numerologia da ciência’.”
Para ilustrar a reputação desse repositório, Ferrante citou o exemplo da prova da conjectura de Poincaré – uma demonstração que os matemáticos perseguiram durante um século e que era considerada um dos maiores problemas em aberto de sua disciplina. Quando o russo Grigori Perelman resolveu o problema no início da década passada, não se deu ao trabalho de submeter sua prova a um periódico – os três artigos com a demonstração foram publicadosapenas no arXiv (uma excelente reportagem na piauí 12 conta em detalhes a história da demonstração). “Perelman foi agraciado com a Medalha Fields e outros prêmios por isso sem ter feito uma única publicação com revisão por pares”, lembrou Ferrante. “Ele disse claramente que não acredita na avaliação de seus pares”.
Os números atuais de adesão ao arXiv evidenciam sua penetração. Segundo o artigo de Ginsparg, o repositório armazena atualmente quase 700 mil textos e recebe 75 mil novos artigos por ano. A cada semana, cerca de 400 mil usuários fazem em média um milhão de downloads.
Para o futuro, o arXiv se vê diante de desafios para se tornar uma alternativa à revisão por pares em escala mais ampla. Uma dificuldade será convencer pesquisadores de outras áreas a aderir a esse modelo – biólogos, por exemplo, são mais refratários à ideia de tornar públicos trabalhos ainda não validados pela comunidade. Outro desafio consiste em dotar o arXiv de recursos que permitam uma avaliação informal e orgânica feita pela comunidade. Hoje, o portal apenas armazena os artigos, e essa avaliação é feita nas caixas de comentários de blogs que referenciam o arXiv – o repositório não conta com esse recurso porque isso exigiria um alto investimento de tempo e recursos para a moderação da discussão.
No artigo da Nature, Ginsparg expôs sua expectativa para o futuro do arXiv e da publicação científica de forma geral: “Minha esperança é que, mais do que simplesmente usar a infraestrutura eletrônica como um meio mais eficiente de distribuição, a revolução iminente leve no final a uma estrutura de conhecimento mais poderosa, transformando na essência os meios que usamos para processar e organizar os dados científicos.”
Que os próximos anos do arXiv permitam caminhar nessa direção.
(Foto: Elvis Santana)

Raio X da ciência aberta ( Revista Piauí)

http://revistapiaui.estadao.com.br/blogs/questoes-da-ciencia/geral/raio-x-da-ciencia-aberta




Raio X da ciência aberta


A ciência aberta, publicada em revistas de livre acesso ao público, nunca cresceu tanto. Um estudo recém-divulgado mostra que, só em 2009, 191 mil artigos foram publicados em periódicos que não cobram pelo acesso.
Os dados foram divulgados num artigo publicado na semana passada. Conduzido por uma equipe da Escola de Economia Hanken, na Finlândia, o trabalho é o primeiro a fazer um levantamento detalhado do número de artigos e periódicos de acesso livre desde os primórdios desse tipo de publicação, no início dos anos 1990.
O levantamento mostra que, na última década, o crescimento médio anual do número de artigos de livre acesso publicados foi de 30%. O número de revistas abertas – eram quase 5 mil em 2009 –, por sua vez, aumentou 18% por ano no mesmo período, em contraste com os 3,5% de crescimento anual registrados para os periódicos de acesso restrito. No entanto, os artigos disponíveis para o público ainda têm uma pequena participação – 7,7% – no total de trabalhos publicados.
Coerentemente, o artigo finlandês foi publicado na PLoS One, que é de acesso aberto. A revista é o carro-chefe do grupo PLoS (sigla em inglês para Biblioteca Pública de Ciência), que deu força ao movimento de publicação aberta quando lançou seus primeiros periódicos em 2003. As revistas desse grupo editorial inovaram ao propor uma subversão do modelo de publicação: em vez de o leitor pagar para ler, é o autor quem paga para publicar. É uma solução engenhosa, que desonera o leitor e não pesa muito para os cientistas – a taxa de publicação se dilui no volume total de recursos destinados a uma pesquisa.
Evolução do número de artigos (em azul) e de periódicos (em vermelho) publicados no regime de acesso aberto entre 1993 e 2009 (fonte: Mikael Laakso et al., PLoS One, 2011).
A discussão sobre acesso aberto à ciência é relevante no Brasil, país em que uma parte considerável da produção científica é bancada pelo poder público, com recursos de agências de fomento federais (Capes, CNPq, Finep) ou estaduais (Fapesp, Faperj etc.). Nada mais legítimo, portanto, que o cidadão que financia essas pesquisas com seus impostos tenha livre acesso aos seus resultados. No entanto, nem sempre é o caso: parte da produção é publicada em revistas que cobram caro pelo acesso – em alguns casos, um único texto é vendido por 50 dólares.
O paradoxo não tem solução fácil, porque muitos dos periódicos de maior impacto, nos quais os pesquisadores almejam publicar seus trabalhos, são de acesso restrito – a começar pelas duas revistas científicas de maior visibilidade, Science Nature.
É verdade, dirão alguns, que parte da produção científica nacional é veiculada num dos 261 periódicos brasileiros reunidos no portal SciElo, todos de acesso livre. Outros alegarão também que muitos pesquisadores do país têm acesso aos artigos de dezenas de milhares de periódicos de acesso restrito por meio do portal de periódicos da Capes, que beneficia cientistas vinculados a universidades e centros de pesquisa brasileiros. No entanto, essa iniciativa cobre um número limitado de publicações tem alcance restrito: para o pesquisador independente e para o contribuinte curioso, o acesso a parte da ciência financiada pela sociedade brasileira continua custando caro.
Um exemplo que pode servir de modelo às instituições brasileiras é o do NIH (sigla em inglês para Institutos Nacionais de Saúde), agência federal norte-americana que custeia pesquisas na área de medicina e saúde. Desde 2008, os resultados de todos os estudos financiados pelo NIH têm que estar disponíveis ao público no máximo 12 meses após a publicação.
Em tempo: quem tiver interesse pelo tema e disposição para encarar um longo texto em inglês não deve perder o artigo do jornalista David Dobbs publicado em maio em seu blog no site daWired. O autor conta a história do biólogo John Eisen, que queria prestar uma homenagem ao pai morto recentemente disponibilizando na web sua obra científica completa, publicada em parte em periódicos de acesso restrito. Os obstáculos que ele encontrou para levar a ideia adiante são o ponto de partida para uma discussão bem abrangente dos principais desafios da ciência de acesso livre hoje.
Foto: sxc.hu/michag 

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Brazil's high publication rate 'hides drop in quality' (by scidev.net)


http://www.scidev.net/en/science-communication/science-publishing/news/brazil-s-high-publication-rate-hides-drop-in-quality-.html


Brazil's high publication rate 'hides drop in quality'

Henrique Kugler
2 September 2011 | EN
Aerial view of Rio de Janiero
Is Brazilian science meeting the country's needs?
Wikimedia Commons
[CURITIBA] Brazil's science output has soared over the last few decades despite a decrease in science funding, a study says.
The number of papers went from 2,000 in 1980 to more than 35,000 in 2009, according to the study, published in Scientometrics earlier this month (7 August).
But the rise in the number of papers, driven mainly by an increase in the number of PhD students, may have come at a cost to their quality, say researchers.
The team, from the University of São Paulo, analysed Brazilian scientific output, investment and the number of scientists to try and explain what had driven the increase in the number of papers.
The researchers found that investment per paper shrank during that time, while the number of permanent researchers remained about the same.
Meanwhile, the number of doctoral students grew from just 2,000 in the late 1980s to 11,000 in 2008, which explains the increase in the number of papers, according to André Frazão Helene, lead author and a biologist at theUniversity of São Paulo.
Apart from the rise in doctoral students, Helene told SciDev.Net that there was also "an increase in efficiency" — researchers started working under a lot more pressure owing to a global trend of evaluating their work by looking at the number of papers they published.
And this seems to have come at a cost to quality: the impact of Brazilian papers has dropped over the past decade, the study says.
It also warns that funding cuts — such as more than US$1 billion from the science and technology ministry's budget, announced in February — may further jeopardise quality by restricting access to equipment, at a time when large numbers of newly qualified PhDs are seeking scientific positions, which in turn will require more investment.
"Only in a few years will it be possible to understand the consequences [of the cuts]," Helene said.
Isaac Roitman, coordinator of education at the Brazilian Society for the Progress of Science, said that, while the study is worthwhile in sparking a discussion about Brazil's science, it lacked a deeper analysis of the relationship between scientific growth and social development.
Despite the rise in output, he said, Brazil's science has contributed very little to addressing social needs in the country.
Gastão Octávio da Luz, professor at the Federal University of Paraná, agreed:"The ultimate purpose of research at a university is not to publish papers in esoteric journals, but to rebuild our social reality".

REFERENCES

Scientometrics doi: 10.1007/s11192-011-0470-2 (2011)