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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Matéria Jornal - ESTADO DE SÃO PAULO - USP festeja 100 mil títulos de mestrado e doutorado - Renúncia pessoal e profissional marca período

USP festeja 100 mil títulos de mestrado e doutorado

Maior universidade da América Latina trabalha agora para melhorar qualidade dos programas

19 de junho de 2011 | 0h 00

Mariana Mandelli e Alexandre Gonçalves - O Estado de S.Paulo
No ano em que completa 77 anos, a Universidade de São Paulo (USP), maior instituição de ensino superior da América Latina, comemora o total de 100 mil títulos de pós-graduação, entre mestrados e doutorados. Com o feito, agora a universidade se volta para a necessidade de discutir novos critérios para aprimorar a qualidade dos programas.
Filipe Araujo/AE
Filipe Araujo/AE
Sala 3D. Alunos da Poli no laboratório de Engenharia Naval
O número de 100 mil títulos se refere apenas aos trabalhos registrados após 1969, quando surgiram os padrões para a pós-graduação do País. Ficam de fora dessa contagem, portanto, inúmeras personalidades que obtiveram o reconhecimento acadêmico antes daquele ano, mas ajudaram a compor os cenários político, intelectual e científico do País, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os literatos Antonio Candido e Alfredo Bosi, o economista Antonio Delfim Netto, o jurista Miguel Reale Júnior, o geneticista Crodowaldo Pavan e o cardiologista Adib Jatene, entre outros.
A universidade - que hoje abriga 56 mil estudantes de graduação e 22 mil de pós-graduação - vai realizar um grande evento em outubro, quando o marco simbólico dos 100 mil títulos será atingido. Do total, 53% são mestrados e 47%, doutorados. A unidade que mais produziu títulos - 9,5% - foi a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.
"Os números, embora importantes, devem ser acompanhados por qualidade contínua e crescente", afirma o reitor da USP, João Grandino Rodas. Segundo ele, "a tendência é exigir mais dos alunos, visando à formação ampla dos titulados".
Reflexão. O pró-reitor de pós-graduação Vahan Agopyan afirma que o momento é de reflexão. "Estamos com um modelo antigo, da década de 1960", destaca. "Precisamos nos questionar: queremos formar doutores só para alimentar a universidade ou para termos recursos de alto nível para o desenvolvimento do País?"
Até agora, nenhum pesquisador titulado pela USP faturou um Prêmio Nobel. Contudo, alguns já receberam homenagens equivalentes em áreas que não são contempladas pela academia sueca. O físico José Goldemberg, por exemplo, recebeu em 2008 o Blue Planet, principal homenagem aos benfeitores do meio ambiente. Dois anos antes, Paulo Mendes da Rocha recebeu o Pritzker, prêmio mais importante da arquitetura mundial. E o reitor João Grandino Rodas recorda que o principal candidato brasileiro a um Nobel é o neurocientista Miguel Nicolelis - um "uspiano" que não economiza críticas à própria USP.
Para os titulados, o marco de 100 mil trabalhos de pós-graduação guarda histórias e sentimentos de gratidão à universidade. "Tenho 30 anos de USP", conta o ministro da Educação, Fernando Haddad, que fez a graduação, o mestrado e o doutorado na área de Direito. "Eu me sinto, mais do que tudo, um uspiano. Entrei com 18 anos e nunca mais saí da USP - e ela também não saiu mais de mim."
A vida do geógrafo Aziz Ab"Saber também sempre orbitou ao redor da USP. Lá ele descobriu sua paixão pela geografia e se tornou uma referência, dentro e fora do Brasil, quando o assunto é impacto ambiental da ação humana. Recorda sorrindo que, em 1946, foi contratado como jardineiro pela universidade. A ideia foi de um professor. "Era um jeito de eu manter um pé na USP", afirma.
O casal Victor e Ruth Nussenzweig, responsáveis pelas principais descobertas que poderão levar a uma vacina contra a malária, iniciaram suas carreiras na Faculdade de Medicina da USP. Lá, fizeram o doutorado. Victor recorda a grande liberdade de que gozavam para pesquisar em uma faculdade ainda em criação. "Não tive um orientador de doutorado", recorda. "Naquela época, a tese dependia muito mais do aluno." 
Retirado do link: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110619/not_imp734294,0.php

Renúncia pessoal e profissional marca período

Para conquistar o título de mestre ou doutor, pós-graduandos vivem com orçamento apertado e focam nos estudos

19 de junho de 2011 | 0h 00


Mariana Mandelli e Alexandre Gonçalves - O Estado de S.Paulo
Orçamento apertado, pouco tempo para o lazer e muitas horas de estudo. Para consolidar o desejo de ter um título pela USP, os estudantes de pós-graduação, bolsistas ou não, acabam fazendo uma série de renúncias na vida pessoal e profissional. No caso daqueles que recebem bolsa, o trabalho fica ainda mais comprometido, pois algumas agências de fomento exigem que eles não tenham outra fonte de renda.
Ernesto Rodrigues/AE
Ernesto Rodrigues/AE
Vantagens. Vindo de Vitória (ES), o mestrando em Filosofia João Alex Carneiro elogia a vida na USP, apesar dos problemas: 'Estrutura é boa, com bibliotecas e vida cultural'
A situação foi diagnosticada pela revista Science, que publicou, no fim do ano passado, um raio X da pesquisa no País. Um dos títulos da reportagem define os estudantes de doutorado como "talentosos, mas subfinanciados". O texto descreve a rotina de um pós-graduando em bioquímica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com rendimentos que não ultrapassam R$ 2 mil, ele enfrentava a aventura de se sustentar e ajudar a família. Ninguém ganhava mais do que ele em sua casa.
Veja também:
As dificuldades também perpassam a vida dos alunos da USP. Rutinéia Micheletto, de 32 anos, doutoranda no departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, precisa da ajuda do pai para se sustentar. Há um mês, ela conseguiu uma bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) de cerca de R$ 1,8 mil. Mesmo assim, ainda não é suficiente para as despesas. "Isso desestimula muita gente, principalmente profissionais que podem ter uma renda melhor. Eles não vão se submeter a pressões e prazos de uma pós", afirma. "Só termina um doutorado quem realmente ama a vida acadêmica."
O mestrando em Filosofia João Alex Carneiro, de 28 anos, concorda com Rutinéia. "Não dá para ter uma vida muito dispendiosa." Ele veio de Vitória (ES) para se titular pela USP. "Mesmo tendo alguns problemas, a USP oferece uma estrutura muito boa, com bibliotecas e vida cultural."
Para o professor titular da Faculdade de Direito da USP e ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso, Miguel Reale Júnior, o grande obstáculo dos alunos é conciliar atividade profissional com estudo. "A maioria trabalha. Eles se desdobram para atender as exigências da vida prática e da pesquisa."
Empregabilidade. O mestrando João Alex Carneiro diz que alguns setores públicos não valorizam a pós-graduação. "Isso desestimula o pesquisador a atuar em outras áreas além da acadêmica mesmo", opina.
Kazuo Nishimoto, do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica da USP, destaca outro obstáculo. "O Brasil ainda não tem empresas nas quais se possa absorver de forma eficiente esses titulados", afirma. "Isso começa a mudar, porque a indústria está se preparando, requisitando mestrandos e doutorandos. Mas a transformação é tímida."


GERAÇÃO PÓS-1969
Mayana Zatz. Em 1974, defendeu uma tese de doutorado em Ciência Biológicas em que estudou distrofias musculares hereditárias.
Miguel Nicolelis. Em 1989, defendeu sua tese de doutorado na Faculdade de Medicina. O trabalho recorria à computação para analisar propriedades de redes neurais.
Fernando Novais. Seu doutorado, Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808), de 1973, inovou a análise da dinâmica entre metrópole-colônia.
Anamaria Aranha Camargo. Em 1997, defendeu o doutorado pelo Instituto de Ciências Biomédicas e pela Universidade de Wurzburg, na Alemanha. Teve papel decisivo no Projeto Genoma.
Eros Grau. O ministro aposentado do STF obteve o doutorado em 1972 com a teseAspectos Jurídicos do Planejamento Metropolitano.
Retidado do link: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110619/not_imp734300,0.php


ANPG publica edital de convocação do seu 38º CONAP (retirado do site da ANPG)

16/06/2011
ANPG publica edital de convocação do seu 38º CONAP

38º Conselho Nacional de APGs (CONAP) da ANPG

Notícia Retirada do Site da ANPG

09/05/2011
Pernambuco sediará o 38º CONAP da ANPG

Entre os dias 18 e 21 de agosto as cidades de Recife e Olinda receberão os pós-graduandos brasileiros para a realização do 38º Conselho Nacional de APGs (CONAP) da ANPG.
O CONAP é constituído pelas diretorias da ANPG e de APGs, Pró-APGs, Federações de Cursos e Associações de Médicos Residentes cadastradas de cada Instituição de Ensino Superior ou Pesquisa que mantenham programa de pós-graduação, tendo cada diretoria o direito a um voto.
Este fórum da entidade terá como tema central o Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG). Discutir seus avanços e limitações, e possíveis ações frente a isso são algumas das expectativas pra o encontro. O CONAP terá, ainda, a importante tarefa de convocar o maior e mais importante fórum da ANPG: o XXIII Congresso Nacional de Pós-Graduandos, previsto para acontecer em 2012.
Avaliar os resultados da  Campanha de Bolsas da ANPG e um Seminário sobre as Organizações Sociais também estão previstos.
Em breve serão divulgados o Regimento Interno do CONAP e a Programação.
Recife e Olinda
O estado de Pernambuco é conhecido não só pelas suas belezas naturais mas também pelo imponente Carnaval que realiza.
Conta com 8,8 milhões de habitantes e detém o segundo maior PIB (Produto Interno Bruto) do Nordeste.
Conhecido por sua ativa e rica cultura popular, Pernambuco é berço de várias manifestações tradicionais, como o frevo, o maracatu e os pastoris, bem como detentor de um vasto patrimônio histórico, artístico e arquitetônico, sobretudo no que se refere ao período colonial. O estado também deu origem a grandes romancistas e poetas brasileiros, como Manuel Bandeira e João Cabral de Melo Neto, e participou do movimento de renovação e internacionalização das artes visuais brasileiras, com  Cícero Dias e Vicente do rego Monteiro. Na década de 1990,surgiu em Pernambuco o mangue beat, amálgama do rock, do pop, do rap e do funk com os ritmos locais.

O município do Recife é uma das três maiores aglomerações urbanas da Região Nordeste. Ocupa uma posição central, a uma distancia em torno de 800 km das outras metrópoles, Salvador e Fortaleza, disputando com elas o espaço estratégico de influência na Região.A Universidade Federal de Pernambuco sediará atividades do encontro de pós-graduandos do Brasil todo.


O título de Patrimônio da Humanidade foi concedido pela UNESCO em 1982 a Olinda, depois de uma luta iniciada pela Prefeitura em 1978, com o apoio de personalidades como o embaixador olindense Holanda Cavalcanti, o então ministro Eduardo Portela, além de Aloísio Magalhães.
Com esse título, Olinda inscreveu-se na lista de monumentos mundiais e figura ao lado de bens da humanidade como a Catedral de Notre-Dame, em Paris, o sítio arqueológico de Nemrut Dag, na Turquia, o Parque Nacional do Serengeti, na África, e a Cidade do Vaticano, entre outros 400 monumentos em todo o mundo.
As cidades de Recife e Olinda receberão, conjuntamente, as atividades políticas e culturais do CONAP.
Mobilize a sua APG e faça parte deste capítulo da história dos pós-graduandos!

 Da Redação. 
*fotos: Wikipédia